Hemocentro apresenta novo equipamento para coleta de plaquetas

(03/02/2020) No dia 4 de fevereiro se comemora o Dia Mundial de Combate ao Câncer. A data visa mobilizar pessoas e organizações mundiais para reforçar a importância de adoção de hábitos saudáveis, atitudes de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento, fundamentais para o controle da doença. Em alusão à data e visando aumentar a demanda por doação de plaquetas, que são utilizadas no tratamento da doença, o Hemocentro Coordenador Professor Nion Albernaz conta agora com dois novos e modernos aparelhos para a coleta deste hemocomponente por aférese. O diferencial dessa máquina está na punção única: o doador utiliza apenas um dos braços para a coleta das plaquetas. Componente fundamental para coagulação do sangue, além do tratamento contra o câncer, as plaquetas são utilizadas em casos de neurocirurgias, doenças infecciosas (dengue e hepatites), coagulopatias (hemofilia), além de acidentes e intervenções cirúrgicas.



O novo equipamento permite que a coleta seja feita na quantidade exata em relação ao que o doador pode doar. De acordo com a diretora geral da Hemorrede Pública de Goiás, Denyse Goulart, o doador fica mais confortável durante o procedimento, tornando a doação mais tranquila. "O processo demora, em média, entre 60 e 90 minutos, e utilizando apenas um dos braços, o doador fica com uma das mãos livres", ressalta a diretora.



A demanda por plaquetas é alta no Hemocentro, cerca de 390 bolsas por mês. Mas segundo Denyse, ainda há dificuldades em captar doadores exclusivos do hemocomponente, pois a maioria das bolsas de plaquetas são provenientes da retirada das doações de sangue (sistema randômico). "Para atender um único paciente com plaqueta randômica são necessários cinco doadores, enquanto, no caso da doação somente do hemocomponente, a doação de uma pessoa atende até quatro pacientes", afirma a diretora.



Moderno, o equipamento possui sensores que monitoram os parâmetros que colocariam em risco o doador ou a qualidade do hemocomponentes que está sendo produzido. "O equipamento tem uma vantagem em relação a doação de sangue convencional pois consegue extrair de apenas um doador de uma a duas bolsas de plaquetas, enquanto na doação convencional precisaríamos de oito doadores para formar uma bolsa do componente", ressalta Denyse.



Além disso, de acordo com a diretora geral, a doação de plaquetas por aférese tem uma qualidade superior ao hemocomponente produzido por sangue total, que é o método convencional. "Ele já sai filtrado, permitindo a doação de apenas um único doador, tem baixo índice de anticorpos e com isso o paciente que recebe uma transfusão de maior qualidade, que é indicado para pacientes imunodeprimidos".



A novidade conquistou o servidor público Selso Divino Pires. Doador de sangue há mais de 15 anos, nunca havia doado plaquetas. Segundo ele, o desejo de doar plaquetas surgiu em sua última doação de sangue, no mês de dezembro, momento em que pode observar como funcionava o procedimento. "Gosto de ajudar o próximo. Procurei saber os benefícios para os pacientes e achei bem interessante. Além disso, tive a curiosidade de saber sobre o procedimento da doação, de ver como funciona e ver de perto as plaquetas", comenta Selso.



Quem pode doar?

Podem doar pessoas com idade entre 18 e 69 anos, pesar no mínimo 65 kg, de preferência homens ou mulheres que nunca engravidaram, que estejam em boas condições de saúde e não façam uso de remédios como AAS e anti-inflamatórios. Para fazer a doação, basta levar um documento de identidade oficial com foto e estar bem alimentado, evitando alimentos gordurosos.



Para doar plaquetas, os interessados devem ir ao Hemocentro e passar por uma triagem prévia, que contará com a realização de um hemograma recente para, posteriormente, agendar a data e horário da doação.

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