Com muita música, motoclubes arrecadam 73 bolsas de sangue

(26/11/2020) Quem passou em frente ao Ambulatório de Medicina Avançada (AMA), do Hospital Estadual Alberto Rassi – HGG no último sábado, 21 de novembro, se surpreendeu com a quantidade de motos e o som que saia do local. Lá dentro, homens e mulheres com roupas pretas e tatuados se alternavam entre ouvir o mais puro rock´in roll ao vivo e fazer o cadastro para doarem sangue.

O Doe Sangue ao Som do Rock, que está em seu sétimo ano e que nesta edição coletou 73 bolsas de sangue e 31 cadastros de medula óssea, foi embalado pelas bandas Underdog Pack e Bandinha de Rock, que fizeram uma seleção de músicas internacionais e nacionais. Cerca de 30 motoclubes de Goiânia e região participaram do evento. Um deles, o Ladies do Bem, formado só por mulheres, levou até mesmo sua mascote, a Laika, uma estilosa golden retriever que chamou a atenção de todos que estiveram no local e pousou para várias fotos.

Houve também muita emoção, como a vivida por Isabelle Mendes Langsdorff, que fez, no evento, sua primeira doação de sangue. “Acho que a gente não tem nada a perder ajudando outras pessoas e é tão rápido, simples. Então porque não ajudar outras pessoas dessa forma? Estou muito feliz e grata, muito emocionada de estar aqui e de ter doado. Sério, é surreal a experiência, de verdade”, dizia, limpando as lágrimas enquanto falava com a reportagem.
Mais discreta, Tâmala Natasha de Deus Cruz chegou cedo e foi a primeira pessoa a ter o sangue coletado. Ela disse ter ido ao hospital após ver uma matéria sobre o evento na televisão. “Para mim é muito importante, porque tem muita gente que precisa. Eu já precisei uma vez e fui sempre acolhida com sangue de outras pessoas. Eu fiquei sabendo pelo jornal da TV de ontem. É um evento muito importante, que vai chamar a atenção de muita gente que tem medo, vai ver que tem show e vai vir para doar o sangue”, diz a doadora.

E é justamente essa a intenção do evento, como explica um dos idealizadores do projeto, Adonai Andrade, assessor de tecnologia do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização responsável pela administração da Hemorrede Pública de Goiás e do HGG. “Todos os anos, quando chega perto das festas de final de ano, o estoque do Hemocentro sofre uma redução muito grande e, por conta disso, a gente resolveu, há sete anos, fazer esse evento, reunindo motociclistas, que são pessoas que têm a tendência de se acidentar mais fácil e fazerem bastante uso das bolsas de sangue quando sofrem acidentes. Então a gente resolveu trazer os motociclistas e tocar um rock para todo mundo poder ouvir. ”

E a ideia agradou em cheio, como conta Leonardo de Oliveira Piloto, do Motoclube Lemorianos. “É muito bom. A gente sabe da necessidade de doadores de sangue. Sempre está em baixa (o estoque) e, ainda mais nessa época da pandemia, as doações diminuíram. Então, é muito válido esse encontro para a gente poder contribuir de alguma forma para a sociedade. Então, ajudar ao próximo é sempre muito bom. Ao som do rock, é melhor ainda. "

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