Colaboradores do Hemocentro participam de treinamento para uso da medicação emicizumabe
(12/08/2021) Atendendo uma orientação do Ministério da Saúde, quatro colaboradores do Hemocentro Coordenador Estadual Prof. Nion Albernaz participaram de um treinamento sobre os protocolos de uso do fármaco emicizumabe para tratamento de indivíduos com hemofilia A e inibidores ao Fator VIII, na última quarta-feira, 4 de agosto. O medicamento passou a ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em maio de 2020 para pacientes que já tiveram falha terapêutica com indução de imunotolerância (ITI) e/ou que não seriam elegíveis nesta modalidade de tratamento.
A diretora-médica do Hemocentro Coordenador, Alexandra Vilela, explica que a hemofilia A é uma deficiência genética do fator de coagulação VIII, que leva a sangramentos recorrentes, que podem ser dentro das articulações, nos músculos, nariz e gengiva. Ao longo dos anos, esses sangramentos levam a um dano nas articulações, e os hemofílicos ainda na adolescência para idade adulta, podem ter graves lesões. "O Ministério da Saúde tem um programa de tratamento de coagulopatias hereditárias - para tratamento de hemofilia A, hemofilia B, Doença de Von Willebrand e outras coagulopatias raras há mais de 10 anos, e fornece medicamentos para o tratamento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde", afirma.
A médica pontua que o tratamento para hemofilia A consiste em repor o fator de coagulação que o paciente é deficiente, no caso o Fator VIII. "Alguns pacientes podem se tornar resistentes ao Fator VIII, pois desenvolvem um anticorpo chamado inibidor, que destrói o medicamento/hemoderivado que o paciente repõe. Com isto, ele não responde mais a reposição do Fator VIII e volta a apresentar sangramentos". Neste caso, o tratamento consiste em utilizar outros produtos e realizar a chamada imunotolerância (tratamento para erradicar o inibidor). "Em uma grande parcela dos pacientes com hemofilia A que desenvolvem inibidor é possível reverter o quadro e o paciente volta a responder ao tratamento com reposição de Fator VIII. No entanto, em uma outra parcela dos pacientes que realizam imunotolerância o inibidor não é erradicado e o paciente necessitaria de um tratamento diferenciado", explica.
Para esses pacientes portadores de hemofilia A, que desenvolveram inibidor que não foi controlado com a imunotolerância, o Ministério da Saúde através da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) incorporou uma nova medicação chamada emicizumabe. "O emicizumabe consegue "imitar" a ação do fator de coagulação VIII sem ser bloqueado pelos inibidores. A incorporação desse medicamento dá uma nova opção de tratamento para pessoas que convivem com a hemofilia e tem anticorpos contra o fator VIII, e que já não respondiam ao tratamento padrão sendo um avanço no tratamento dos pacientes", reforça.
Colaboradores do Hemocentro participam de treinamento para uso da medicação emicizumabe
A diretora-médica do Hemocentro Coordenador, Alexandra Vilela, explica que a hemofilia A é uma deficiência genética do fator de coagulação VIII, que leva a sangramentos recorrentes, que podem ser dentro das articulações, nos músculos, nariz e gengiva. Ao longo dos anos, esses sangramentos levam a um dano nas articulações, e os hemofílicos ainda na adolescência para idade adulta, podem ter graves lesões. "O Ministério da Saúde tem um programa de tratamento de coagulopatias hereditárias - para tratamento de hemofilia A, hemofilia B, Doença de Von Willebrand e outras coagulopatias raras há mais de 10 anos, e fornece medicamentos para o tratamento de pacientes pelo Sistema Único de Saúde", afirma.
A médica pontua que o tratamento para hemofilia A consiste em repor o fator de coagulação que o paciente é deficiente, no caso o Fator VIII. "Alguns pacientes podem se tornar resistentes ao Fator VIII, pois desenvolvem um anticorpo chamado inibidor, que destrói o medicamento/hemoderivado que o paciente repõe. Com isto, ele não responde mais a reposição do Fator VIII e volta a apresentar sangramentos". Neste caso, o tratamento consiste em utilizar outros produtos e realizar a chamada imunotolerância (tratamento para erradicar o inibidor). "Em uma grande parcela dos pacientes com hemofilia A que desenvolvem inibidor é possível reverter o quadro e o paciente volta a responder ao tratamento com reposição de Fator VIII. No entanto, em uma outra parcela dos pacientes que realizam imunotolerância o inibidor não é erradicado e o paciente necessitaria de um tratamento diferenciado", explica.
Para esses pacientes portadores de hemofilia A, que desenvolveram inibidor que não foi controlado com a imunotolerância, o Ministério da Saúde através da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) incorporou uma nova medicação chamada emicizumabe. "O emicizumabe consegue "imitar" a ação do fator de coagulação VIII sem ser bloqueado pelos inibidores. A incorporação desse medicamento dá uma nova opção de tratamento para pessoas que convivem com a hemofilia e tem anticorpos contra o fator VIII, e que já não respondiam ao tratamento padrão sendo um avanço no tratamento dos pacientes", reforça.