Profissionais do Hemocentro participam de treinamento para uso da medicação emicizumabe

(13/09/2021) Um grupo de colaboradores do Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz participou de um treinamento sobre os protocolos de uso do fármaco emicizumabe para tratamento de indivíduos com hemofilia A e inibidores ao Fator VIII, nos dias 8 e 9 de setembro, ministrado pela farmacêutica fabricante. O medicamento passou a ser ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para pacientes que já tiveram falha terapêutica com indução de imunotolerância (ITI) e/ou que não seriam elegíveis nesta modalidade de tratamento. "Para esses pacientes portadores de hemofilia A, que desenvolveram inibidor que não foi controlado com a imunotolerância, o Ministério da Saúde, através da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), incorporou o emicizumabe", explica a diretora-técnica da Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo, Ana Cristina Novais.

O Ministério da Saúde mantém um programa de tratamento de coagulopatias hereditárias - para tratamento de hemofilia A, hemofilia B, Doença de Von Willebrand e outras coagulopatias raras - há mais de 10 anos, e fornece medicamentos para o tratamento de pacientes pelo SUS. No caso da hemofilia A, trata-se de uma deficiência genética do fator de coagulação VIII, que leva a sangramentos recorrentes, que podem ser dentro das articulações, nos músculos, nariz e gengiva. Ao longo dos anos, esses sangramentos levam a danos nas articulações, e os hemofílicos ainda na adolescência para idade adulta, podem ter graves lesões.

Ana Cristina avalia que o treinamento para o uso do emicizumabe para equipe multiprofissional do Hemocentro foi de extrema importância, por se tratar de um medicamento novo. "Considerando aspectos como a nova forma de aplicação, que é subcutânea, cuidados especiais com interações medicamentosas, posologia, embalagens, a farmacocinética do medicamento, se faz necessária a participação da equipe multiprofissional, pois teremos que ter acompanhamento constante dos nossos pacientes". Ela pontua que neste primeiro momento, a orientação para os pacientes e seus familiares será fundamental. "É de extrema importância uma análise global e multiprofissional desses pacientes para que eles possam ter o treinamento correto, as informações claras, para que não haja nenhum fator adverso durante o uso do emicizumabe."

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