Pacientes vão ao Hemocentro Coordenador celebrar o Dia Mundial da Hemofilia

(18/04/2022) Em alusão ao Dia Mundial da Hemofilia, 17 de abril, portadores da doença em Goiás afirmam que há muito o que ser celebrado, durante encontro no Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, realizado na última quarta-feira, 13 de abril. Jorge Porto, presidente da Associação dos Hemofílicos do Estado de Goiás (Aheg), destacou a evolução do serviço prestado pela Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo. “O serviço melhorou muito nos últimos anos, passamos a ter assistência adequada por uma equipe multiprofissional, e agora, com a reforma do Hemocentro de Goiânia, ganhamos muito em qualidade. O novo prédio permitiu um espaço adequado para quem faz fisioterapia, o atendimento como um todo evoluiu bastante, e nosso objetivo agora é estender essa assistência para outros municípios, com apoio da Federação dos Hemofílicos, do Ministério da Saúde e do Governo de Goiás”, pontuou.

O encontrou contou com a participação de pacientes, familiares e da equipe multidisciplinar do Hemocentro, que é formada por hematologistas, enfermeiros, assistente social, nutricionista, psicóloga, fisioterapeuta e farmacêutica. O grupo se reuniu em um bate-papo no hall do auditório, onde puderam esclarecer dúvidas, trocar experiências e receber orientações sobre a doença e o tratamento oferecido pela Rede Hemo. A médica Rafaela Farias reforçou a importância da profilaxia no tratamento dos pacientes hemofílicos. “A profilaxia é a principal forma de prevenir sangramentos, com aplicação do fator de coagulação, antes da ocorrência de algum sangramento. Aqui no Hemocentro, nós realizamos o treinamento de como o paciente deve fazer o procedimento em casa, orientamos sobre a dosagem e disponibilizamos a medicação que é ofertada pelo SUS [Sistema Único de Saúde]”, esclarece.

A diretora-geral da Rede Hemo, Denyse Goulart, lembrou ainda que o Hemocentro garante assistência médica e multiprofissional a 600 pacientes portadores de hemofilia do Estado. “O tratamento das hemofilias (tipos A e B) é realizado de forma exclusiva, pelo SUS, por meio dos hemocentros que oferecem uma linha de cuidado para tratamento e prevenção de complicações em diversas modalidades a todos os pacientes brasileiros acometidos pela doença.”

Denyse destacou ainda a evolução do serviço graças ao investimento do Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e do Instituto de Desenvolvimento Tecnológico e Humano (Idtech), organização gestora da Rede Hemo. “Demos um salto no serviço de hematologia e hemoterapia em Goiás, além da reforma e ampliação do Hemocentro Coordenador, renovamos o mobiliário e os equipamentos de toda a unidade, investimos na contratação e no treinamento de colaboradores, ampliamos o atendimento ambulatorial. No interior realizamos a reforma das unidades de Formosa, Porangatu, Quirinópolis, Ceres e Iporá, e estamos com a obra em Rio Verde em andamento. Hoje temos condições de oferecer um serviço de qualidade para os nossos doadores e pacientes.”

Ludicidade
Para o público infantil, o auge do evento aconteceu no auditório da unidade, que foi decorado com muitos balões para receber os pequenos com toda ludicidade e encanto. O técnico de enfermagem Jailson Borges e o recepcionista Sérgio Lemes deixaram de lado por algumas horas suas funções e assumiram a animação do evento como os palhaços Paçoca e Futrica. Além das brincadeiras, os profissionais também roteirizaram e apresentaram um teatro de fantoches esclarecendo a importância do tratamento correto da hemofilia, da profilaxia e da boa alimentação. “Para nós foi uma alegria participar desse momento, saber que estamos reforçando informações importantes de uma forma lúdica, e lembrando que com o tratamento adequado é possível correr, brincar, praticar esportes e tudo mais que eles quiserem”, disse Sérgio.

Encantado com a apresentação o pequeno Enzo Gabriel, 4 anos, era só festa. Muito esperto, logo descobriu a identidade secreta de um dos palhaços. “É o tio Jailson!”. A mãe, Keilla Racabe, conta que já frequenta o Hemocentro há mais de nove anos, quando iniciou o tratamento do filho mais velho, João Pedro Santos, 12 anos. “Eu só posso agradecer por todo acolhimento que temos recebido aqui no Hemocentro, todos os profissionais são muitos atenciosos e graças a esse acompanhamento, meus filhos levam uma vida normal.” Keilla parabenizou a equipe pela realização do evento e reforçou a importância de encontros assim para integração dos familiares dos pacientes.

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