Colaboradores do Hemocentro Coordenador participam de palestra sobre depressão
(31/10/2022) “Por que estamos deprimindo mais?” Foi buscando respostas para esta pergunta que, no dia 26 de outubro, o psiquiatra Ítalo Rocha, esteve no Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, para falar sobre um tema sério: depressão. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, o Brasil é o país com a maior prevalência da doença na América Latina. Um levantamento, realizado em 2017, mostra que 5,8% da população sofre com depressão. O médico alerta sobre um problema que muitas vezes antecede a depressão, a ansiedade. “É importante viver um dia de cada vez, não dá para antecipar o futuro, então é importante viver o momento presente.”
O médico também chama a atenção para a necessidade que o ser humano desenvolve de ter recompensas imediatas. “Queremos o tempo todo ser recompensados por mínimos esforços, e quando isso não acontece, gera frustrações, isso explica no consumismo desenfreado e nas decepções nos relacionamentos pessoais e no trabalho.” Ítalo também citou um erro comum na criação dos filhos. “Estamos dando autoridade exageradamente aos pequenos ditadores, não estamos frustrando nossos filhos e isso é horrível. Temos que frustrar nossos filhos para que eles saibam ainda pequenos que nem todas as suas vontades serão realizadas naquele momento, e assim é a vida”, afirma o psiquiatra.
Ítalo destaca algumas causas do adoecimento mental, mas alerta que cada pessoa deve ser avaliada individualmente por um profissional. “É um tripé que envolve a nossa carga genética, o fator de estresse e como nós lidamos com esse estresse, que irá determinar esse adoecimento. Nós, que lidamos com muitos pacientes, temos percebido que os fatores de estresse têm aumentado e a resiliência diminuído, isso não quer dizer que o paciente seja fraco, mas que ele precisa de ajuda profissional para fazer mudanças no seu dia a dia”, pontua.
A técnica em enfermagem do Hemocentro, Kedya Chaves, questionou o médico sobre o adoecimento mental relacionado ao trabalho, que muitas vezes não é levado adiante por receio de confrontos com os gestores, e como os colegas podem ajudar esse profissional. “O primeiro passo é orientar para que esse colega procure o Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (Sesmt), lá ele deve ser ouvido e acolhido, sem julgamentos ou consequências, e avaliado por um especialista.”
Kedya afirmou que gostou muito da palestra e acredita que ações assim são muito importantes porque trazem discussões sobre o dia a dia de muitos colaboradores que enfrentam transtornos de ansiedade e até mesmo depressão. “Estamos saindo daqui mais antenados sobre o assunto e atentos a todos a nossa volta. Meu pai teve depressão, eu o trouxe do interior para Goiânia, e foi graças a esse olhar atento que ele foi tratado e curado”, conta.
Maria de Nazaré Teixeira é assistente técnica de saúde no Hemocentro há 36 anos e também aprovou a iniciativa. Ela reforça a importância de discutir assuntos como depressão na unidade, visto que muitos colaboradores acabam deixando de lado o autocuidado. “Hoje em dia, a maioria das pessoas se sentem tristes, frustradas, insatisfeitas com suas vidas, e esse é um assunto que precisa ser discutido e tratado com seriedade.” Para a profissional, o trabalho do Sesmt nesse sentido pode ajudar muito a melhorar a rotina na unidade.
Colaboradores do Hemocentro Coordenador participam de palestra sobre depressão
(31/10/2022) “Por que estamos deprimindo mais?” Foi buscando respostas para esta pergunta que, no dia 26 de outubro, o psiquiatra Ítalo Rocha, esteve no Hemocentro Estadual Coordenador Prof. Nion Albernaz, para falar sobre um tema sério: depressão. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, o Brasil é o país com a maior prevalência da doença na América Latina. Um levantamento, realizado em 2017, mostra que 5,8% da população sofre com depressão. O médico alerta sobre um problema que muitas vezes antecede a depressão, a ansiedade. “É importante viver um dia de cada vez, não dá para antecipar o futuro, então é importante viver o momento presente.”
O médico também chama a atenção para a necessidade que o ser humano desenvolve de ter recompensas imediatas. “Queremos o tempo todo ser recompensados por mínimos esforços, e quando isso não acontece, gera frustrações, isso explica no consumismo desenfreado e nas decepções nos relacionamentos pessoais e no trabalho.” Ítalo também citou um erro comum na criação dos filhos. “Estamos dando autoridade exageradamente aos pequenos ditadores, não estamos frustrando nossos filhos e isso é horrível. Temos que frustrar nossos filhos para que eles saibam ainda pequenos que nem todas as suas vontades serão realizadas naquele momento, e assim é a vida”, afirma o psiquiatra.
Ítalo destaca algumas causas do adoecimento mental, mas alerta que cada pessoa deve ser avaliada individualmente por um profissional. “É um tripé que envolve a nossa carga genética, o fator de estresse e como nós lidamos com esse estresse, que irá determinar esse adoecimento. Nós, que lidamos com muitos pacientes, temos percebido que os fatores de estresse têm aumentado e a resiliência diminuído, isso não quer dizer que o paciente seja fraco, mas que ele precisa de ajuda profissional para fazer mudanças no seu dia a dia”, pontua.
A técnica em enfermagem do Hemocentro, Kedya Chaves, questionou o médico sobre o adoecimento mental relacionado ao trabalho, que muitas vezes não é levado adiante por receio de confrontos com os gestores, e como os colegas podem ajudar esse profissional. “O primeiro passo é orientar para que esse colega procure o Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (Sesmt), lá ele deve ser ouvido e acolhido, sem julgamentos ou consequências, e avaliado por um especialista.”
Kedya afirmou que gostou muito da palestra e acredita que ações assim são muito importantes porque trazem discussões sobre o dia a dia de muitos colaboradores que enfrentam transtornos de ansiedade e até mesmo depressão. “Estamos saindo daqui mais antenados sobre o assunto e atentos a todos a nossa volta. Meu pai teve depressão, eu o trouxe do interior para Goiânia, e foi graças a esse olhar atento que ele foi tratado e curado”, conta.
Maria de Nazaré Teixeira é assistente técnica de saúde no Hemocentro há 36 anos e também aprovou a iniciativa. Ela reforça a importância de discutir assuntos como depressão na unidade, visto que muitos colaboradores acabam deixando de lado o autocuidado. “Hoje em dia, a maioria das pessoas se sentem tristes, frustradas, insatisfeitas com suas vidas, e esse é um assunto que precisa ser discutido e tratado com seriedade.” Para a profissional, o trabalho do Sesmt nesse sentido pode ajudar muito a melhorar a rotina na unidade.