Rede Hemo é referência em tratamento e atendimento aos mais de 646 hemofílicos em Goiás
(03/01/2023) Dia 4 de janeiro é comemorado o Dia do Hemofílico. A Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo é a única que realiza atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e distribui os medicamentos utilizados no tratamento da doença em Goiás. Atualmente, há 646 pacientes, que possuem hemofilia A e B, e são atendidos por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogo, nutricionista, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais. O Hemocentro Coordenador recebe em média 3 mil frascos de medicamentos de fatores de coagulação por mês, com custo médio mensal de R$ 2,8 milhões para as dispensações dos fármacos em Goiás.
Mirian Amaral de Melo é gerente de assistência farmacêutica do Hemocentro Coordenador explica que atualmente o processo de distribuição é 100% eletrônico, por onde também é realizado o controle de estoque. "Usamos um sistema próprio do Ministério da Saúde, que garante mais efetividade nos repasses aos pacientes. Temos grande êxito na gestão de estoque, pois tudo entra por nota fiscal e é distribuído mediante prescrição médica. Com isso garantimos mais confiabilidade, clareza nos fluxos e satisfação dos nossos usuários. O sistema emite também relatórios, que são avaliados constamente”.
Mas afinal, o que é esta doença? A hemofilia é um distúrbio hemorrágico genético e hereditário ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino e é caracterizado pela deficiência de uma proteína da coagulação sanguínea. O Hemocentro Coordenador é referência no Estado de Goiás para o tratamento de pacientes diagnosticados com coagulopatias, incluindo a hemofilia. O Hemocentro Regional de Rio Verde também dispõe de um serviço ambulatorial para o tratamento dessa doença.
A médica hematologista do Hemocentro Rafaela Farias Fonseca Reis afirma que a pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade do fator VIII ou fator IX. Pessoas com deficiência de atividade do Fator VIII possuem hemofilia A, enquanto aquelas com deficiência de atividade do Fator IX possuem hemofilia B, prejudicando a formação de coágulos e, por esse motivo, os sangramentos demoram muito mais tempo para serem controlados.
"Os sinais de hemofilia A e B são os mesmos: manifestações hemorrágicas, com sangramento nos músculos e articulações (hemartroses), sangramento espontâneo ou após traumas em órgãos internos, sangramento prolongado após corte, remoção de dente ou cirurgia, sangramento por um longo tempo após um acidente. O sangramento em uma articulação ou músculo causa dor ou inchaço, rigidez e dificuldade em usar uma articulação ou músculo. Alguns sangramentos podem ser muito graves", comenta a médica.
Tratamento De acordo com Rafaela Farias Fonseca Reis, atualmente o tratamento da hemofilia é feito com a aplicação de concentrados do fator deficiente purificado, de alto custo, por via endovenosa. O tratamento pode ser feito sob demanda, em caso de sangramentos, ou profilaxia (para evitar sangramento). O Ministério da Saúde é responsável pela compra dos medicamentos e sua distribuição. O paciente recebe o medicamento de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), através do Hemocentro.
A médica hematologista afirma que a reposição do fator de coagulação deficiente é feita de forma endovenosa. "Os pacientes são estimulados e treinados para realizar as infusões em domicílio, pois em intercorrências com sangramentos, o fator de coagulação deve ser aplicado o mais rápido possível. Os medicamentos são termolábeis e precisam ser armazenados em geladeira. São repassados aos pacientes e seus cuidadores a forma adequada de conservação e os cuidados de higiene no transporte, no preparo da medicação, além de orientações sobre a forma adequada de descartar o material perfurocortante utilizado, como seringas, agulhas e escalpes", finaliza.
Rede Hemo é referência em tratamento e atendimento aos mais de 646 hemofílicos em Goiás
(03/01/2023) Dia 4 de janeiro é comemorado o Dia do Hemofílico. A Rede Estadual de Hemocentros – Rede Hemo é a única que realiza atendimentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e distribui os medicamentos utilizados no tratamento da doença em Goiás. Atualmente, há 646 pacientes, que possuem hemofilia A e B, e são atendidos por uma equipe multidisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogo, nutricionista, fisioterapeutas, farmacêuticos e assistentes sociais. O Hemocentro Coordenador recebe em média 3 mil frascos de medicamentos de fatores de coagulação por mês, com custo médio mensal de R$ 2,8 milhões para as dispensações dos fármacos em Goiás.
Mirian Amaral de Melo é gerente de assistência farmacêutica do Hemocentro Coordenador explica que atualmente o processo de distribuição é 100% eletrônico, por onde também é realizado o controle de estoque. "Usamos um sistema próprio do Ministério da Saúde, que garante mais efetividade nos repasses aos pacientes. Temos grande êxito na gestão de estoque, pois tudo entra por nota fiscal e é distribuído mediante prescrição médica. Com isso garantimos mais confiabilidade, clareza nos fluxos e satisfação dos nossos usuários. O sistema emite também relatórios, que são avaliados constamente”.
Mas afinal, o que é esta doença?
A hemofilia é um distúrbio hemorrágico genético e hereditário ligado ao cromossomo X, que afeta principalmente pessoas do sexo masculino e é caracterizado pela deficiência de uma proteína da coagulação sanguínea. O Hemocentro Coordenador é referência no Estado de Goiás para o tratamento de pacientes diagnosticados com coagulopatias, incluindo a hemofilia. O Hemocentro Regional de Rio Verde também dispõe de um serviço ambulatorial para o tratamento dessa doença.
A médica hematologista do Hemocentro Rafaela Farias Fonseca Reis afirma que a pessoa com hemofilia apresenta baixa atividade do fator VIII ou fator IX. Pessoas com deficiência de atividade do Fator VIII possuem hemofilia A, enquanto aquelas com deficiência de atividade do Fator IX possuem hemofilia B, prejudicando a formação de coágulos e, por esse motivo, os sangramentos demoram muito mais tempo para serem controlados.
"Os sinais de hemofilia A e B são os mesmos: manifestações hemorrágicas, com sangramento nos músculos e articulações (hemartroses), sangramento espontâneo ou após traumas em órgãos internos, sangramento prolongado após corte, remoção de dente ou cirurgia, sangramento por um longo tempo após um acidente. O sangramento em uma articulação ou músculo causa dor ou inchaço, rigidez e dificuldade em usar uma articulação ou músculo. Alguns sangramentos podem ser muito graves", comenta a médica.
Tratamento
De acordo com Rafaela Farias Fonseca Reis, atualmente o tratamento da hemofilia é feito com a aplicação de concentrados do fator deficiente purificado, de alto custo, por via endovenosa. O tratamento pode ser feito sob demanda, em caso de sangramentos, ou profilaxia (para evitar sangramento). O Ministério da Saúde é responsável pela compra dos medicamentos e sua distribuição. O paciente recebe o medicamento de forma gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), através do Hemocentro.
A médica hematologista afirma que a reposição do fator de coagulação deficiente é feita de forma endovenosa. "Os pacientes são estimulados e treinados para realizar as infusões em domicílio, pois em intercorrências com sangramentos, o fator de coagulação deve ser aplicado o mais rápido possível. Os medicamentos são termolábeis e precisam ser armazenados em geladeira. São repassados aos pacientes e seus cuidadores a forma adequada de conservação e os cuidados de higiene no transporte, no preparo da medicação, além de orientações sobre a forma adequada de descartar o material perfurocortante utilizado, como seringas, agulhas e escalpes", finaliza.