Hemocentro retoma envio de plasma à Hemobrás após 15 anos
(07/06/2023) O Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz- HEMOGO, em Goiânia, realizou o envio de plasmas para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás, no dia 31 de maio, para produção de medicamentos biológicos, como o Fator VIII e IX usados em tratamento de pacientes com coagulopatias hereditárias como a hemofilia, além da produção de imunoglobulina e albumina humana. Com autorização concedida pela Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde no dia 26 de maio, a unidade realizou o envio da primeira remessa com aproximadamente 1.200 unidades de plasmas.
Atualmente, o HEMOGO atende 667 pacientes em Goiás portadores de coagulopatias em tratamento com fatores de coagulação, sendo estes 341 portadores de hemofilia A, 55 de hemofilia B, entre outras coagulopatias. Dentre eles, a família da dona de casa Keila Racabe dos Santos, mãe do João Pedro dos Santos, de 13 anos e do pequeno Enzo Gabriel dos Santos, de 8 anos. Ela recebeu com alegria a informação que a instituição que oferta os medicamentos para seus dois filhos, voltou a participar do processo de produção do remédio. “Fiquei feliz por ver essa movimentação e descobri que é para enviar plasma para produzir o fator que meus dois filhos precisam. Essa medicação que vem do sangue dá a eles uma vida sem limitações, Enzo tem uma vida social normal, faz até judô” – explicou a mãe fazendo referência ao filho caçula que aguardava junto a ela para acompanhamento da equipe multidisciplinar.
O Hemocentro de Goiás é uma das 55 unidades de serviços de hemoterapia de diferentes regiões do país que retoma o envio de plasma para a Hemobrás depois de uma pausa de 15 anos. Em todo país, a distribuição estava suspensa desde 2017, após uma investigação do Tribunal de Contas da União descobrir bolsas com prazo de validade expirado. Agora, após cinco anos, o plasma recolhido pelos demais hemocentros do Brasil voltarão a ser doado para a Hemobrás.
A diretora técnica da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo, Ana Cristina Novais, destaca que com os grandes investimentos do Governo do Estado de Goiás, tanto na estrutura, quanto no parque tecnológico, e em recursos humanos, o Hemocentro está qualificado diante dos requisitos de produção de plasma para indústria com a retomada dos envios.
“O serviço de recolhimento de plasma excedente estava suspenso e é muito bom voltar a contribuir com essa rotina de produção de medicamentos provenientes do sangue, utilizados no tratamento de pacientes com coagulopatias hereditárias, principalmente os portadores de hemofilias. Essa distribuição será bastante positiva para a redução do descarte de plasma excedente”, explicou a diretora.
O secretário estadual de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, endossou a fala de Ana Cristina e acrescentou que com o aproveitamento desse material biológico que seria descartado gerando um custo para o Hemocentro e agora voltou a ser doado, retorna para a instituição como medicamentos de alto valor. “Um kit de imunoglobolina humana custa R$ 35 mil reais e nós usamos isso de rotina nos nossos hospitais de alta complexidade da rede estadual”, finalizou.
Auditoria Hemobrás
Recentemente, auditores da Hemobrás visitaram o Hemocentro Coordenador com objetivo de conhecer os processos de trabalho, sobretudo na produção de plasma e a capacidade de armazenamento, a fim de atestar boas práticas e planejar a logística de recolhimento do plasma excedente para o envio à indústria. No Brasil, a produção e a venda de medicamentos feitos a partir do sangue humano só podem ser feitas pelo Estado. A matéria prima segue para três fábricas na Europa, onde o plasma é processado e só então retorna na forma de remédio.
O analista industrial de hemoderivados e biotecnologia da Hemobrás, Elias Souza Silva, explicou que a estatal foi criada com a missão de atender o interesse nacional de produção de medicamentos hemoderivados e tecnológicos. “Essa auditoria teve como propósito a qualificação do Hemocentro para passar a fornecer o plasma, que não é utilizado para fins transfusionais na indústria para ser processado e devolvido para os hemocentros e hospitais da rede pública. Nossa função é observar os processos, verificar se o Hemocentro atende os requisitos de qualidade dentro do que é recomendado pela legislação vigente. Ficamos muito satisfeitos com a estrutura e também com o desempenho dos colaboradores.”
“O motivo da nossa auditoria de qualificação é justamente a parceria entre as instituições, Rede Hemo, Octapharma e Hemobrás. O Hemocentro aqui de Goiânia é excelente, desde o ciclo do sangue, cadastro, recepção, triagem hematológica, coleta, toda a estrutura de forma geral. Em conversa com os profissionais, percebemos a evolução da unidade e atestamos o quanto os processos estão muito bem estruturados e seguros, portanto essa parceria será muito benéfica para todos,” ressaltou o consultor e auditor da H2 Assessoria e Consultoria da Octapharma, Márcio de Almeida Pimenta Pinto, apresentou durante o encerramento da visita um breve relatório de análise dos processos e enfatizou alguns pontos de melhoria. A diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, ressalta que a visita foi uma excelente oportunidade de troca de experiência e também validação, especialmente por se tratar de uma empresa com referências internacionais.
Hemocentro retoma envio de plasma à Hemobrás após 15 anos
(07/06/2023) O Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz- HEMOGO, em Goiânia, realizou o envio de plasmas para a Empresa Brasileira de Hemoderivados e Biotecnologia - Hemobrás, no dia 31 de maio, para produção de medicamentos biológicos, como o Fator VIII e IX usados em tratamento de pacientes com coagulopatias hereditárias como a hemofilia, além da produção de imunoglobulina e albumina humana. Com autorização concedida pela Coordenação-Geral de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde no dia 26 de maio, a unidade realizou o envio da primeira remessa com aproximadamente 1.200 unidades de plasmas.
Atualmente, o HEMOGO atende 667 pacientes em Goiás portadores de coagulopatias em tratamento com fatores de coagulação, sendo estes 341 portadores de hemofilia A, 55 de hemofilia B, entre outras coagulopatias. Dentre eles, a família da dona de casa Keila Racabe dos Santos, mãe do João Pedro dos Santos, de 13 anos e do pequeno Enzo Gabriel dos Santos, de 8 anos. Ela recebeu com alegria a informação que a instituição que oferta os medicamentos para seus dois filhos, voltou a participar do processo de produção do remédio. “Fiquei feliz por ver essa movimentação e descobri que é para enviar plasma para produzir o fator que meus dois filhos precisam. Essa medicação que vem do sangue dá a eles uma vida sem limitações, Enzo tem uma vida social normal, faz até judô” – explicou a mãe fazendo referência ao filho caçula que aguardava junto a ela para acompanhamento da equipe multidisciplinar.
O Hemocentro de Goiás é uma das 55 unidades de serviços de hemoterapia de diferentes regiões do país que retoma o envio de plasma para a Hemobrás depois de uma pausa de 15 anos. Em todo país, a distribuição estava suspensa desde 2017, após uma investigação do Tribunal de Contas da União descobrir bolsas com prazo de validade expirado. Agora, após cinco anos, o plasma recolhido pelos demais hemocentros do Brasil voltarão a ser doado para a Hemobrás.
A diretora técnica da Rede Estadual de Serviços Hemoterápicos – Rede Hemo, Ana Cristina Novais, destaca que com os grandes investimentos do Governo do Estado de Goiás, tanto na estrutura, quanto no parque tecnológico, e em recursos humanos, o Hemocentro está qualificado diante dos requisitos de produção de plasma para indústria com a retomada dos envios.
“O serviço de recolhimento de plasma excedente estava suspenso e é muito bom voltar a contribuir com essa rotina de produção de medicamentos provenientes do sangue, utilizados no tratamento de pacientes com coagulopatias hereditárias, principalmente os portadores de hemofilias. Essa distribuição será bastante positiva para a redução do descarte de plasma excedente”, explicou a diretora.
O secretário estadual de Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, endossou a fala de Ana Cristina e acrescentou que com o aproveitamento desse material biológico que seria descartado gerando um custo para o Hemocentro e agora voltou a ser doado, retorna para a instituição como medicamentos de alto valor. “Um kit de imunoglobolina humana custa R$ 35 mil reais e nós usamos isso de rotina nos nossos hospitais de alta complexidade da rede estadual”, finalizou.
Auditoria Hemobrás
Recentemente, auditores da Hemobrás visitaram o Hemocentro Coordenador com objetivo de conhecer os processos de trabalho, sobretudo na produção de plasma e a capacidade de armazenamento, a fim de atestar boas práticas e planejar a logística de recolhimento do plasma excedente para o envio à indústria. No Brasil, a produção e a venda de medicamentos feitos a partir do sangue humano só podem ser feitas pelo Estado. A matéria prima segue para três fábricas na Europa, onde o plasma é processado e só então retorna na forma de remédio.
O analista industrial de hemoderivados e biotecnologia da Hemobrás, Elias Souza Silva, explicou que a estatal foi criada com a missão de atender o interesse nacional de produção de medicamentos hemoderivados e tecnológicos. “Essa auditoria teve como propósito a qualificação do Hemocentro para passar a fornecer o plasma, que não é utilizado para fins transfusionais na indústria para ser processado e devolvido para os hemocentros e hospitais da rede pública. Nossa função é observar os processos, verificar se o Hemocentro atende os requisitos de qualidade dentro do que é recomendado pela legislação vigente. Ficamos muito satisfeitos com a estrutura e também com o desempenho dos colaboradores.”
“O motivo da nossa auditoria de qualificação é justamente a parceria entre as instituições, Rede Hemo, Octapharma e Hemobrás. O Hemocentro aqui de Goiânia é excelente, desde o ciclo do sangue, cadastro, recepção, triagem hematológica, coleta, toda a estrutura de forma geral. Em conversa com os profissionais, percebemos a evolução da unidade e atestamos o quanto os processos estão muito bem estruturados e seguros, portanto essa parceria será muito benéfica para todos,” ressaltou o consultor e auditor da H2 Assessoria e Consultoria da Octapharma, Márcio de Almeida Pimenta Pinto, apresentou durante o encerramento da visita um breve relatório de análise dos processos e enfatizou alguns pontos de melhoria.
A diretora técnica da Rede Hemo, Ana Cristina Novais, ressalta que a visita foi uma excelente oportunidade de troca de experiência e também validação, especialmente por se tratar de uma empresa com referências internacionais.