Hemocentro Coordenador participa do IX Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme
(21/11/2023) A convite do Ministério da Saúde (MS) e da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), a comitiva do Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, participou do IX Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, entre os dias 9 a 11 de novembro, realizado em Belo Horizonte (MG). Marcaram presença no evento dirigentes e equipes técnicas de todos os Hemocentros do país. Representando Goiás, estiveram a diretora-geral do Hemocentro Coordenador, Denyse Goulart, a enfermeira da gerência ambulatorial, Ana Maria Beira, a médica hematologista, Natália Cunha. Além do fundador e a presidente da Associação de Anemia Falciforme Karoliny Vitória, João Ivan Ferreira e Necy Freire Mourão. O encontro contemplou a necessidade de se retomar e reestruturar o fluxo da política de cuidado integral e abordou temas como diagnóstico e tratamento das complicações relacionadas à triagem neonatal, transplantes de medula óssea e novos tratamentos, além de direitos trabalhistas, sociais e à educação, requeridos pela população que sofre da doença.
“Pessoas portadoras de Doença Falciforme demandam atendimento diariamente devido a clínica da patologia, por isso foi de suma importância o MS ter realizado esse congresso focado na assistência para que os Estados reproduzam o conhecimento em forma de treinamento para os profissionais da saúde que atendem na Rede de Urgência e Emergência. Esses pacientes sentem dores intensas, desidratação, apresentam infecção com muita facilidade causada pela baixa imunidade e, na maioria das vezes, se deparam com o preconceito por parte de profissionais de saúde que não têm conhecimento sobre as complicações da patologia, sem saber quais as medicações a serem aplicadas. Foram apresentadas novas terapias medicamentosas, a transição do cuidado e várias outras novidades que colocaremos em prática para melhorar a vida dos pacientes da Rede Hemo”, pontuou Ana Maria.
Na ocasião, cada enfermeiro responsável recebeu material de apoio para ministrar treinamentos para que a informação chegue a todos os profissionais da Rede Hemo, propondo melhorias. “Vamos atualizar nosso protocolo de doença falciforme com base nessas experiências que foram adquiridas no Simpósio. Observamos pontos de melhorias no nosso modelo de evolução do sistema MV colocando mais complicações para que sejam sinalizadas a cada atendimento para que possamos observar os sinais de gravidade do paciente. Identificamos também a necessidade de encaminhar os pacientes com lesões de pele com úlceras que podem ocorrer para serviços de referência em tratamento, monitorar a questão do uso da hidroxiuréia que é o tratamento de primeira escolha para essa doença”, afirmou Denyse.
Uma inovação do MS é sobre a revisão do protocolo de Doença Falciforme que terá início precocemente, aos nove meses, para que aconteça a diminuição das taxas de mortalidade e as famílias sejam orientadas sobre a importância da triagem neonatal caso eles optem por ter mais filhos, pois essa é a principal forma de rastreamento “Precisamos melhorar alguns pontos pra conseguirmos alcançar os níveis de mortalidade de países desenvolvidos como por exemplo aumentar a aderência à triagem neonatal, melhorar o seguimento clínico, evitar complicacoes graves fornecendo a hidroxiureia e melhorando aderência dos paciente à medicação, aumentando a cobertura de exames essenciais pra seguimento clínico como o Doppler transcraniano, melhorar na assistência básica a essa população”, explicou a hematologista, Natália Cunha.
O que é Doença Falciforme? A doença falciforme é umas das alterações genéticas mais frequentes no Brasil. Prevalente na população afrodescendente – 95% dos pacientes são negros – a doença falciforme tem como principal sintoma a dor. Mais comumente, pessoas com anemia falciforme têm episódios de dor (também conhecida como “crise de falcização”). A dor é geralmente nos ossos das costas, do peito, da barriga, dos braços ou das pernas. Pode ser leve ou intensa e durar de horas a dias.
Hemocentro Coordenador participa do IX Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme
(21/11/2023) A convite do Ministério da Saúde (MS) e da Federação Nacional das Associações de Pessoas com Doença Falciforme (Fenafal), a comitiva do Hemocentro Coordenador Estadual de Goiás Prof. Nion Albernaz, participou do IX Simpósio Brasileiro de Doença Falciforme, entre os dias 9 a 11 de novembro, realizado em Belo Horizonte (MG). Marcaram presença no evento dirigentes e equipes técnicas de todos os Hemocentros do país. Representando Goiás, estiveram a diretora-geral do Hemocentro Coordenador, Denyse Goulart, a enfermeira da gerência ambulatorial, Ana Maria Beira, a médica hematologista, Natália Cunha. Além do fundador e a presidente da Associação de Anemia Falciforme Karoliny Vitória, João Ivan Ferreira e Necy Freire Mourão. O encontro contemplou a necessidade de se retomar e reestruturar o fluxo da política de cuidado integral e abordou temas como diagnóstico e tratamento das complicações relacionadas à triagem neonatal, transplantes de medula óssea e novos tratamentos, além de direitos trabalhistas, sociais e à educação, requeridos pela população que sofre da doença.
“Pessoas portadoras de Doença Falciforme demandam atendimento diariamente devido a clínica da patologia, por isso foi de suma importância o MS ter realizado esse congresso focado na assistência para que os Estados reproduzam o conhecimento em forma de treinamento para os profissionais da saúde que atendem na Rede de Urgência e Emergência. Esses pacientes sentem dores intensas, desidratação, apresentam infecção com muita facilidade causada pela baixa imunidade e, na maioria das vezes, se deparam com o preconceito por parte de profissionais de saúde que não têm conhecimento sobre as complicações da patologia, sem saber quais as medicações a serem aplicadas. Foram apresentadas novas terapias medicamentosas, a transição do cuidado e várias outras novidades que colocaremos em prática para melhorar a vida dos pacientes da Rede Hemo”, pontuou Ana Maria.
Na ocasião, cada enfermeiro responsável recebeu material de apoio para ministrar treinamentos para que a informação chegue a todos os profissionais da Rede Hemo, propondo melhorias. “Vamos atualizar nosso protocolo de doença falciforme com base nessas experiências que foram adquiridas no Simpósio. Observamos pontos de melhorias no nosso modelo de evolução do sistema MV colocando mais complicações para que sejam sinalizadas a cada atendimento para que possamos observar os sinais de gravidade do paciente. Identificamos também a necessidade de encaminhar os pacientes com lesões de pele com úlceras que podem ocorrer para serviços de referência em tratamento, monitorar a questão do uso da hidroxiuréia que é o tratamento de primeira escolha para essa doença”, afirmou Denyse.
Uma inovação do MS é sobre a revisão do protocolo de Doença Falciforme que terá início precocemente, aos nove meses, para que aconteça a diminuição das taxas de mortalidade e as famílias sejam orientadas sobre a importância da triagem neonatal caso eles optem por ter mais filhos, pois essa é a principal forma de rastreamento
“Precisamos melhorar alguns pontos pra conseguirmos alcançar os níveis de mortalidade de países desenvolvidos como por exemplo aumentar a aderência à triagem neonatal, melhorar o seguimento clínico, evitar complicacoes graves fornecendo a hidroxiureia e melhorando aderência dos paciente à medicação, aumentando a cobertura de exames essenciais pra seguimento clínico como o Doppler transcraniano, melhorar na assistência básica a essa população”, explicou a hematologista, Natália Cunha.
O que é Doença Falciforme?
A doença falciforme é umas das alterações genéticas mais frequentes no Brasil. Prevalente na população afrodescendente – 95% dos pacientes são negros – a doença falciforme tem como principal sintoma a dor. Mais comumente, pessoas com anemia falciforme têm episódios de dor (também conhecida como “crise de falcização”). A dor é geralmente nos ossos das costas, do peito, da barriga, dos braços ou das pernas. Pode ser leve ou intensa e durar de horas a dias.